A cada dia assistimos através dos informes noticiosos denúncias sucessivas de apagões que acontecem em todo país e em cada apagão uma enxurrada enorme de críticas desaba sobre o governo, pois segundo os entendidos a gestão petista não teria investido no setor elétrico na mesma conformidade do aumento do seu consumo.

Pois bem, são apagões que duram minutos e às vezes uma, duas, três, quatro ou cinco horas, mas que mesmo assim gera inconformismo e insatisfação sem limites a população, as indústrias, ao setor público e em especial a rede nacional de saúde e sempre que isto acontece um enorme remoído se forma por semanas e às vezes por meses com a imprensa e os adversários do governo querendo saber as razões dos apagões e o governo a apresentar desculpas esfarrapadas.

Ocorre que os agricultores e moradores das ilhas e margens ribeirinhas de Belém do São Francisco passam constantemente por isto, basta que um cachorro faça xixi num poste de energia da Celpe para que os consumidores destas localidades fiquem por dias sem energia elétrica e com isso inúmeros prejuízos recaem sobre estes, a começar da impossibilidade irrigar suas plantações, ao estrago de alimentos e de produtos veterinários que necessitam de local refrigerado e ninguém ver uma só voz política do município se levantar contra isto.

E isto não é de hoje, o problema acontece desde quando a energia elétrica chegou nestes locais e o fato acontece porque a Celpe não oferece aos seus usuários um serviço de manutenção de rede decente e digno.

Enquanto nada é feito os prejuízos vão se avolumando e uma insatisfação crescente vai se formando no seio dos ilhéus e ribeirinhos. Dias destes, por exemplo, ouvimos uma queixa muito grande por parte do senhor Fabiano de Manoel Vicente, pois segundo ele "todos estão cansados da falta constante de energia e da inércia da Celpe que para atendê-los leva um tempo absurdo, às vezes vários dias e com isso as plantações passam sede e consequentemente a produção agrícola diminuí e nenhuma reparação é feita pelos responsáveis".

Ocorre que os prejudicados não devem esmorecer, mas sim buscar seus direitos. Dias destes, por exemplo, moradores e donos de estabelecimentos comerciais da praia de Boa Viagem, em Recife, prestaram queixa na Delegacia de Policia contra a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), devido à falta energia naquela localidade. O procedimento não é o recomendado, mas mesmo assim causa desconforto e transtorno a empresa fornecedora de energia.

As reclamações nestes casos podem ser direcionadas ao setor de atendimento do PROCON de nossa cidade, a fim de que seja aberto um procedimento em face do serviço precário que a Celpe está prestando. Um procedimento de ofício é criado pelo coordenador, mas para isso é preciso que o consumidor vá até o órgão e preste sua queixa.

Aplicação de multa e estabelecimento de parceria do PROCON junto ao Ministério Público para avaliação do caso é alguns dos procedimentos que podem ser realizados, caso as reclamações sejam recorrentes, como é o caso. Portanto todos devem lançar mãos dos seus direitos.

Se preferir pode, no entanto o consumidor acionar diretamente a justiça com uma ação de indenização por dano material e moral, pois só assim, a empresa responsável saberá prestar um serviço que é essencial de qualidade e que não pode ser fornecido com abusivas e sucessivas interrupções.