No meio da caatinga, no Município de Abaré, Região Norte da Bahia, um menino de um ano e onze meses se perdeu. Aconteceu em 1942, quando sua mãe, a parteira Zefa da Fazenda Urtiga foi fazer um parto e deixou Dionato com mais duas meninas. Elas foram pegar água no Riacho da Várzea e o menino as seguiu e não conseguiu descer a ladeira e sumiu. Fizeram várias buscam sem sucesso. Seis dias depois, Sebastião Rodrigues e seu filho Manoel viram um grande movimento de urubus e carcarás e acharam os restos da criança. Ali mesmo, cavaram uma pequena cova e enterram Dionatinho. Por ser uma Região muito religiosa e pelo fato dele ter morrido de fome e sede, começaram a fazer promessas com o "anjo perdido". E muitas graças foram e são alcançadas até hoje, 71 anos depois. Os vaqueiros o chamam de "padrinho" e há mais de trinta anos visitam a Capela construída no local, em grande procissão, no Sábado de Aleluia. Este ano os organizadores Marcos Roberto Tolentino Pereira, Ismael Janivaldo Gomes Correia, Álvaro Roberto Rodrigues e Generrito Possidônio, estimaram a presença de mais ou menos 3.000 pessoas, entre vaqueiros, pagadores de promessas e visitantes, vindos até de outros Estados, como Pernambuco e Sergipe.
A ASVASOP - Associação de Vaqueiros José Pereira da Silva, organizadora do Evento, está precisando de apoio para a criação do Museu dos Vaqueiros do Sertão, no Município de Abaré.
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